04 outubro 2006

Quando se viaja para um outro Estado, a passeio, um dos focos é fazer um roteiro turístico para apreciar o que o lugar oferece de melhor. E vem a maratona: um sobe e desce de ônibus, praias exuberantes, natureza excepcional, passar um dia em um lugar noutro já está ao norte ou sul do mesmo. No caso de Maceió, confesso que foi bem difícil escolher os lugares e por estar com uma criança não poderia ficar abusando nem do sol, nem das viagens, nem dos forrós...
Mas por que entrei nesse assunto?


Como já havia postado antes, alguns fatos me chamaram muita a atenção, e hoje me refiro à qualidade de vida da terceira idade. Veja que uma semana com atividades diárias para fazer e ainda sair pra ir dançar ou jantar fora a noite, não é pra qualquer um (por exemplo pra mim..eheheh), haja pique!

Justamente na semana da terceira idade, encontrei um grupo de senhoras (um ônibus inteiro) que me deixaram impressionadas com a disposição e alegria de viver. Foram a todos os passeios da semana inclusive para àqueles que davam horas de viagem, como a Foz do São Francisco, há uns 140km de onde estávamos.
Diferente do estereotipo que temos, de uma terceira idade cansada e sem muitas opções, seja por doenças ou mesmo inviabilidade econômica. O que pude presenciar é bem o oposto disso, talvez economicamente, seja difícil....mas nada que 10 vezes, como oferece a CVC, não facilite e proporcione esse tipo de distração, só depende da saúde de cada um.

Bem, não pode ser privilégio de alguns chegar a terceira idade com qualidade de vida. São inúmeras pesquisas realizadas pelo IBGE que constatou que não somos mais um país de jovens, logo, um assunto que tem que ser priorizado.
Triste é saber que mesmo com a Política Nacional do Idoso e com o Estatuto do Idoso, ainda há marginalização das pessoas idosas na sociedade.

É preciso lembrar que são pessoas com reais possibilidades, limitações, necessidades e potencialidades e que para se ter qualidade de vida há necessidade de programas interdisciplinares e políticas públicas para atender a necessidade dessa turma. E que isso não se reduza a uma camada da sociedade, mas que todos possam usufruir.

Com certeza aquele grupo que encontrei lá está vivenciando a "Melhor Idade".

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